Mais uma cachorrinha: Bu

Na verdade já faz um tempinho que ela chegou em casa. Foi só eu me ausentar um pouco que o pessoal aqui de casa já apronta, haha.
A Bu chegou aqui de um jeito muito parecido com a Kelly, já que ambas foram doadas porque seus antigos donos tinham cachorros demais em casa e não podiam arcar com suas despesas decentemente. Mas neste caso, tudo aconteceu muito mais de repente e sem querer.

Em uma das idas à Cobasi para o banho quinzenal da Kellyenha, minha mãe estava estranhamente ansiosa para entrar na loja. Lá, perto da seção de rações, minha sobrinha encontra uma filhotinha de Lhasa Apso, que veio em sua direção para brincar, acompanhada de suas donas.

Geralmente os donos de cachorro puxam aquela conversinha mole default quando ficam muito próximos (podem reparar que isso sempre acontece em salas de espera de veterinário, por exemplo): falam de como os cães são lindos, companheiros, fazem arte, gastam dinheiro e blablabla. O problema foi que, depois disso, elas falam que na verdade estão ali porque queriam doar os cachorros e estavam esperando alguém que realmente gostasse e cuidasse para oferecer - afinal se elas saíssem anunciando que estavam doando filhotes de raça alguém poderia pegá-los só para revender ou pelo calor do momento.


Caramba, que coincidência foi essa?
Adivinhem se a minha mãe resistiria uma oferta dessas, hehehe. Eu tirei sarro dela sobre o fato, mas eu teria feito o mesmo. Já tinha pego dois cachorros antes oras! XD

Não sei se era porque as ex-donas eram descendentes de japoneses também, mas a Bu não estranhou a casa e nem as pessoas. Talvez também tenha sido por ainda ser filhote e ter menos minhocas na cabeça.
Até a Kellyenha nos surpreendeu. No começo ela mal olhava para a cachorrinha nova, mas hoje em dias elas brincam juntas e às vezes rola até uma relação de proteção de mãe e filha.


Quanto ao nome, sim, é uma homenagem à Boo do Monstros S/A. E ela também tinha cara de sustinho, com os pelos arrepiados, quando chegou aqui hehehe.

Bom, agora acho que estamos bem servidos de cachorros nesta casa. Se aparecer mais algum vou ter que inverter os papeis e doar os que tenho porque não tenho condições de cuidar (ick, credo! xD).

Show: X Japan

Quem diria que um dia eu estaria aqui, escrevendo um post com esse título? Eu, que era uma das únicas pessoas do meu colegial que preferia outras bandas, que jamais pensaria na chance de ir no show de uma banda japonesa que já havia acabado e que cujo guitarrista havia morrido.
(Se bem que ultimamente tem acontecido tanta coisa que eu jamais esperava acontecer comigo... hehehe!)


Enfim, fiquei sabendo que eles resolveram fazer uma tour na América do Norte um pouco depois de ter voltado dos EUA. A princípio foi uma má notícia, mas conseguimos dar um jeito e eu voltei para ver o show junto com o namorado e ainda curti-lo mais um pouquinho. ^^

Chegamos em NY um pouco antes do check-in no hotel, mas como o quarto demorou para ficar pronto, só conseguimos chegar na fila meia hora antes do teórico início. E ela dava a volta no quarteirão (de tamanho decente) inteiro. Por um lado foi bom porque ficar na linha de frente, sendo esmagado e levando cuspe do Toshi não era a nossa intenção.


O mais legal é que, enquanto esperávamos, pessoas andavam pela fila com caixas de pizza dizendo que eram cortesia do Yoshiki e que horas antes ele havia comprado chocolate quente também. OH! Caramba, quem é que faz isso? Esse cara é demais mesmo. Também não preciso dizer que o show era dele. Todo mundo gritava o nome dele, queria vê-lo tocar bateria e piano e ouvir o que ele tinha a dizer.

Claro que antes disso tomamos um senhor chá de cadeira. Demoramos para entrar; depois esperamos o show de uma bandeca chamada Vampires Everywhere começar; aguentamos 6 músicas, SEIS músicas, da bandeca e ainda esperando mais quase meia hora para a abertura do show em si, mais a enrolação pra voltar do bis.

Não toca mais Amethyst, mas ainda tem a mesma gravação introduzindo os membros e aquele "X Japan" em looping quase infinito. Aliás sentimos falta de várias músicas que queríamos demais ouvir ao vivo: Dahlia, Tears, Forever Love (que só tocou em playback no finalzão do show) e principalmente Rusty Nail e Silent Jealousy em japonês. Sim, porque a versão que eles tocaram nesta tour inteira foi em Toshinglês, AAAARGH! E por que um solo de violino??? E Art of Life?! >_<


Mas não tenho do que reclamar. Ver o Yoshiki em ação ao vivo é demais, o cara é foda mesmo. Por mais que as músicas estivessem adaptadas e que a setlist tenha sido escolhida para tentar agradar o público gringo, elas ainda eram as mesmas que te fazem vibrar. Meus joelhos estavam mortos e ainda assim eu pulava e agitava os braços pra cima como uma doida, hahaha.


Outra vantagem é que a maioria do público era composta por nihonjins e nerds, ou seja, ninguém que pudesse me atropelar e que eram facilmente empurráveis hehehe. A maioria parecia ter mais ou menos a mesma idade que a nossa, mas não foi difícil encontrar umas senhorinhas pulando, mais discretamente, nas bordas da pista. É engraçado pensar que a banda esperava há anos para tocar em Nova York e muita gente lá também esperava vê-los. Acho que, assim como nós, havia mais gente que jamais pensaria em estar ali naquela noite.